Reajuste

Servidores do HU Ebserh pedem reposição salarial

Trabalhadores pedem 23,09% de reposição salarial e já tentaram entrar em um acordo, mas a empresa não aceitou

Carlos Queiroz -

A tarde desta sexta-feira foi marcada por dois protestos de servidores que atuam no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), da Ebserh. O grupo reivindica alterações em cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e reposição salarial de 23,09%. As manifestações que aconteceram no início e no final da tarde em Pelotas fazem parte do Ato Nacional em defesa dos ACTs da estatal que ocorreu durante o dia.

Reunidos em frente ao Hospital Escola, os servidores se posicionam contra a atual proposta de ACTs por parte da Ebserh, que está travada desde 2020 segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Federais do Rio Grande do Sul (Sindiserfrs), Reginaldo Valadão. "Os trabalhadores estão sendo desrespeitados, o salário está defasado, o poder de compra já caiu 40%. As tratativas já vem a mais de três anos negociando com a empresa, mas ele nunca quiseram negociar. Nesse meio tempo chegamos a um certo consenso através da mediação do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e eles não aceitaram", diz.

Assim, o grupo pede 23,09% de reposição salarial, o equivalente ao INPC do período, estendido sobre os benefícios de assistência médica e odontológica, auxílio pré-escolar e auxílio pessoa com deficiência; melhoria do valor do auxílio-alimentação; pagamento do retroativo; entre outros pontos.

Perda de poder de compra
Técnica em enfermagem, Sheila Vieira conta que desde 2019 não há reajuste salarial e, com a pandemia, o trabalho só teria aumentado. "Nesse meio tempo o valor da comida aumentou, da gasolina, do gás, de tudo aumentou, mas o nosso salário continua caindo", reclama. A funcionária do HE ainda conta que alguns colegas passam por dificuldades financeiras. "A gente não para, mas alguns já estão com dificuldades em casa, já não têm dinheiro para certas despesas."

Conforme Sheila, não teriam faltado tentativas de acordo por parte dos servidores antes de optarem pela mobilização. Assim, o ato de sexta-feira foi a saída encontrada para tentar chamar a atenção da classe. Aliado a isso, Valadão afirma que os servidores cogitam a possibilidade de cruzarem os braços. "Os trabalhadores já pensam até em uma greve porque já estão indignados com a falta de resposta", indica o sindicalista.

Os servidores afirmam que seguirão se reunindo nas próximas semanas para definir os próximos passos da mobilização.

Contraponto
A reportagem entrou em contato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para que se posicionasse sobre a mobilização e as demandas dos trabalhadores, segundo a assessoria de comunicação a empresa ofereceu reajuste de 13% para a carreira de nível superior e 20% para a carreira de nível médio/técnico e que fosse adequada à CLT a base de cálculo do adicional de insalubridade. No entanto, a proposta foi rejeitada pela categoria, diante disso o assunto está sendo tratado no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho.

 A empresa é ligada ao Ministério da Educação e administra hospitais universitários em todo o país.

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